Nunca se sentira tão só. As elaboradas certezas, construídas arduamente ao longo do caminho, desmanchavam-se rapidamente entre seus dedos, como um castelo de areia lambido pelo mar. Projetos? Planos? Distantes e irreais como o canto de uma sereia bela e sedutora. Fazem parte do cenário insano e delirante de sua mente febril, onde a lógica se inverte para moldar-se ao seu bel-prazer.
Quem sou? Onde estou? Para onde vou? Percebeu-se repetindo sem cessar perguntas que ecoam através dos tempos, confundindo-se com a própria história da humanidade. Muitos sábios e filósofos já haviam feito esse questionamento antes dela, então por que acreditava que seria a primeira a encontrar uma resposta? Mesmo a si própria soavam arrogantes suas tolas expectativas, mas ainda não conhecera uma forma de ser diferente.
Horas intermináveis passaram voando em sua inércia doentia. O mundo parecia parado. Ou seria o seu mundo que estava parado? De sua janela via a vida correndo normalmente na monótona e entediante rotina das massas. A vizinha prepara o almoço. O jardineiro poda as plantas. Os carros continuam a passar na estrada. Como o mundo consegue continuar girando ignorando a pungência de sua dor?
Em vão tenta reunir seus cacos. Pedaços do passado, que já não se encaixam em lugar nenhum, surgem desafiando a lógica de sua trajetória. Caixas e caixas esvazia, parecendo procurar uma parte de si mesma que já não encontra em lugar algum. Sente-se como uma dessas caixas, vazia. Ironicamente, sente em seus ombros todo o peso da bagagem acumulada ao longo dos anos. E medo. Carrega consigo seus cadáveres?
Cai em si ao ruir de suas estruturas, construídas sobre o falso alicerce das certezas moldadas por ideais inatingíveis. Desmorona.
Quem sou? Onde estou? Para onde vou? Percebeu-se repetindo sem cessar perguntas que ecoam através dos tempos, confundindo-se com a própria história da humanidade. Muitos sábios e filósofos já haviam feito esse questionamento antes dela, então por que acreditava que seria a primeira a encontrar uma resposta? Mesmo a si própria soavam arrogantes suas tolas expectativas, mas ainda não conhecera uma forma de ser diferente.
Horas intermináveis passaram voando em sua inércia doentia. O mundo parecia parado. Ou seria o seu mundo que estava parado? De sua janela via a vida correndo normalmente na monótona e entediante rotina das massas. A vizinha prepara o almoço. O jardineiro poda as plantas. Os carros continuam a passar na estrada. Como o mundo consegue continuar girando ignorando a pungência de sua dor?
Em vão tenta reunir seus cacos. Pedaços do passado, que já não se encaixam em lugar nenhum, surgem desafiando a lógica de sua trajetória. Caixas e caixas esvazia, parecendo procurar uma parte de si mesma que já não encontra em lugar algum. Sente-se como uma dessas caixas, vazia. Ironicamente, sente em seus ombros todo o peso da bagagem acumulada ao longo dos anos. E medo. Carrega consigo seus cadáveres?
Cai em si ao ruir de suas estruturas, construídas sobre o falso alicerce das certezas moldadas por ideais inatingíveis. Desmorona.
amiga
ResponderExcluira soma te virou de cabeça pra baixo e te transformou em poeta!To gostando de ver!
"A vida da entediante rotina de massas"(adorei!) tb me enlouquece.
Consegui postar aqui , eu acho!!!!
bjs
Pois é querida, efeito pós soma!!!
ResponderExcluirTambém tô gostando dessa brincadeira que eu havia abandonado há tanto tempo...
Bjão!
E tem sempre alguem pra nos mostrar a trilha certa, onde comprar, oq comer como vestir...e se for pra ser feliz e tiver q seguir algum padrão, vou seguir na contra mão...Eu como tu Kamalinha, só quero dar uma volta do outro lado pra ver como é q esta...!!!
ResponderExcluirAs vezes cansa viver na contramão...
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